Benvindos a troça carnavalesca Nem Freud Nem Sai de Cima

Troça Carnavalesca com elementos do irreverente carnaval de pernambucano.

sexta-feira, 18 de março de 2011

CARNAVAL E PSICANÁLISE


O blog do Nem Freud nem sai de cima, ou simplesmente Nem Freud (como já vem sendo chamado) anuncia aos visitantes que, após a passagem do carnaval, terá postagens quinzenais, e tratará dos temas já aqui destacados: psicanálise, cultura e carnaval que serão desenvolvidos por seus articulistas-foliões. 

Aproveitando o momento acabamos de receber mais uma colaboradora: a Sra. Nadir Rego, psicoterapeuta, psicanalista, doutora em filosofia, pela universidade de... (pediu para omitir o nome da instituição) sob o tema de “Momo, eu quero mamar; a infantilização e a erótica do carnaval” (tese ainda inédita). A Dra Nadir nos concedeu uma breve entrevista:

NF: como é para a senhora participar de um blog de uma troça carnavalesca:

 Nadir Rego: Ao aceitar o convite de participar desse Blog me perguntei várias vezes o que fez um grupo tão efusivo, como vocês, ter-me como um dos seus articulistas. Seria o fato de ter ido fundo (falo do fundo psicológico), como pesquisadora, no folguedo e na volúpia? Ou ainda, por ter trazido as contribuições da psicanálise entre a devassidão e a candura – algo como: nem uma coisa nem outra; que vai do que foi ao que será, que habita o prazer e o desprazer, enfim,  do “Nem Freud nem sai de cima” em si. Há várias reflexões. Escrevi algo em uma revista sobre um fenômeno que denominei de síndrome de mettre en doute-Rego.

NF: Interessante! Sugestivo!

Nadir Rego: na realidade quer dizer síndrome de pôr em dúvida como nos afirma o nome do Bloco. Quanto ao Rego, é meu. Quer dizer, meu sobrenome.

NF: percebemos que não poderíamos escolher melhor articulista. Achamos que a senhora tem toda propriedade para teorizar o nosso bloco.

Nadir Rego: Nem tanto. Há algumas diferenças. Sou, por exemplo, uma terapeuta infantil.

NF: não concordamos. Achamos a senhora uma pessoa bem madura.

Nadir Rego: perdão, quis dizer que trato de crianças. E o bloco é composto por adultos.

NF: mas isso para nós é muito importante e fundamental. Se tomarmos como exemplo a frase do escritor Marcos Creder no conto intitulado Dois Mil e Onze, “o carnaval é uma festa de crianças encenada por adultos” pode-se entender os motivos do convite.

Nadir Rego: Tem razão, faz uma articulação com minha tese. Penso que o odor de urina que incensa o centro do Recife infantiliza ainda mais o carnaval... A urina captura o infantil que se enlaça... Tenho um capítulo sobre isso, sobre a escatologia do carnaval.

NF: por falar nisso, quando teremos a honra de ter sua tese publicada.

Nadir Rego: ando fazendo ainda alguns pequenos acertos, mas posso, contudo, ir mostrando alguns trechos durante o decorrer dos pequenos artigos desse blog.

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